Seu disfarce nem mesmo disfarça
as suas distintas
– e longe de serem extintas –
formas.
Esfrega-se em meu rosto.
Arrasta-me.
Espeta-me.
Revolta-me.
Como um gracejo
vestido de inocência
diz-se jocoso,
inofensivo.
Mas quem és tu, oh brincalhão,
para dizer se machuca ou não?
Ainda que sob espessa roupagem,
mata.
Se aparece nu, é logo coberto por plumas
da vaidade daquele que sem entender diz:
“Não sou preconceituoso, apenas não quero isso
perto de mim.”