Dirigir pelas ruas de qualquer cidade grande é uma experiência memorável. Andar pelas calçadas de cidades turísticas também. Mas dirigir por Los Angeles e flanar pela calçada da fama, em Hollywood, pode ser ainda mais marcante – especialmente 33 anos depois de ter partido.
LA é a cidade das “Freeways” – passagens livres – que nem tão “free” são. O trânsito é tal que não dá para trafegar de uma região a outra em menos de trinta, ou quarenta minutos. Mas os carros não param. Essas rodovias têm asfalto impecável, são bem sinalizadas e dirige-se a 65 mph (104 km/h). Não há sinais de trânsito, nem pedestres e elas cruzam para todo lado.
O transporte público não é dos melhores, sobretudo, se comparado ao de cidades como Nova Iorque e São Paulo. O metrô é de superfície e cobre uma pequena porção da cidade. Os ônibus parecem confortáveis, mas pelo que ouvi dizer, não têm itinerário eficiente quando é necessário atravessar vários bairros. Mas LA é cidade cultural.
Capital do cinema, a região metropolitana de Los Angeles abriga a pequena cidade de Hollywood, onde os grandes “blockbusters” são filmados, além dos famosos seriados que divertem muita gente ao redor do mundo. Claro, nem tudo é produzido nos estúdios hollywoodianos, mas a cidade tornou-se marco da indústria cinematográfica. Não somente pela calçada da fama – um longo trajeto de quarteirões marcados por estrelas que trazem nomes de milhares de celebridades – mas também por teatros onde programas de auditório são filmados e pelos grande estúdios e seus “sets” de filmagem.
Nas ruas de Hollywood, além de inúmeros artistas que apresentam números musicais para os pedestres, há personagens como Batman e Jack Sparrow dispostos a posar com seus fãs. Claro, como pude me esquecer de Marilyn Monroe? Ela também está lá, em cera, belíssima, pronta para tirar fotos e rir com seus fãs.
Los Angeles é uma cidade a ser visitada. Ao redor há belas praias – o oceano pacífico é bem gelado, a propósito – e o clima é agradável. Além dos vários museus, vale a pena apreciar a arquitetura, uma mistura de arranha-céus, art déco e construções modernas. Triste é ver a quantidade de moradores de rua que escolhem a cidade pelo clima ameno. Segundo contam, essas pessoas, que podem ser jovens ou idosos, estão nas ruas por desemprego, drogas, ou escolha.
Los Angeles pode ser considerada a capital do cinema, da música, da arte, mas não pense que é a capital da California. Esta é Sacramento, a sexta maior cidade do estado.
Este texto foi publicado na revista Rio Total.